12.7.06

Vila Utopia

Sem negar a combinatória de vários elementos procurou-se a depuração e redução ao essencial através da condensação em quatro volumes de geometria simples e clara unidos por um outro distinto (corredor de luz). A volumetria surge perfurada por pátios (interiores e exteriores) que permitem a interiorização da casa e relações do tipo exterior/interior e interior/interior. Funcionam como espaços de mediação e protecção da intimidade relativamente ao exterior da habitação. Proporcionam desafogo espacial, iluminação e ventilação natural e vistas cruzadas que sublimam como função de uma maior ligação, percepção e comunicação (socialização) entre os indivíduos da família.





O corredor de luz destaca-se como espaço canal da habitação e eixo estruturante com maior fluidez, na sua materialização distinta e vivência diária. A sua personificação dá-se pelo movimento quer das pessoas, quer da luz ao longo do dia, que em conjunto se sintetizam num processo vivo de jogo de planos, superfícies, vultos, aparências, luz e sombras. Este elemento caracteriza-se simultaneamente pela união volumétrica (ligação principal entre os volumes que constituem a habitação) e social, como peça de semi-transparência e de ligação/percepção visual entre os vários espaços da habitação ( sentir a presença e movimento das pessoas, mesmo estando em pisos distintos). Este elemento/eixo estrutural recorre ao jogo dos cheio/vazios, opacos/semi-transparente.











A habitação contém a leitura carente de uma vivência diária, num esquema de dimensão espacial-temporal. Reforçada por uma distribuição em meios pisos e uma maior permeabilidade visual, a organização interna transforma-se numa “ janela para o mundo familiar “, minimizando o isolamento dos indivíduos.

PROJECTO _ Concurso Prémio Vila Utopia Moradia 13
PARCERIA _ Carla Sofia Sousa, arquitecta
CLIENTE _ Wise, Promoção Imobiliária
LOCALIZAÇÃO _ Parque de Santa Cruz, Oeiras
DATA _ Julho 2006

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